Fecha os olhos. Recua uma semana no tempo. Queria apenas dizer-te que um amigo faz sempre falta. Vivem-se tempos mornos, De magras entregas, Fingimentos à escala planetária. É por isso, que TU amigo, fazes-me falta. Fecha os olhos. Recua uma semana no tempo.
Espero que estejas bem. Desejo que a tua criatividade seja vivida como um surto, um virús que se propague sempre...
São estas algumas das bipolaridades de uma rapariga ruiva.
Palavras. Imagens. Telefonemas. Conversas. Músicas. Poemas. Livros. Jornais. Aquela paisagem. Alguns Olhares. As boas Cumplicidades. Todos os Encantamentos. O don't look back in anger. A bipolaridade. As atrocidades que nos fazem pensar. O meu pensamento. A minha lógica. O meu acreditar. A minha força. A minha desistência. A minha luta. O meu baixar de braços. O meu cigarro. O meu regresso a casa. A promessa. O selo. Os temas proibidos. Um medo visceral. O silêncio. A Amizade. A vontade de ter um abraço. Aquelas fragilidades. Os demónios. A paz. Um dia com um acordar tranquilo.
E voltar a estar em mim, pois nunca de lá deveria ter saído...
Durante muitos anos, quis apagar este dia do calendário.
Ia para a escola fazia os cinzeiros, colava as fotografias, como os outros colegas da escola faziam...
A diferença, entre mim e os outros colegas da escola, residia no simples facto de chegar a casa e não ter a quem entregar os meus presentes do Dia do Pai.
Estás sempre comigo,
Assim como estão as histórias que me contavas ao adormecer,
Assim como está a imagem da tua gabardine fabulosa azul escura,
Assim como conservo a imagem do teu ar timido e discreto,
Foste embora muito cedo,
Naquele dia saí da escola e percebi que algo se passava de estranho,
Não era habitual, irem esperar-me à escola...
Irei sempre sorrir, quando penso nos piqueniques de familia, no anel que trazias contigo, no teu gosto pela tua cidade, no carinho que tinhas pelos teus irmãos, a tua predilecção por pataniscas e pasteis de bacalhau. Mas sobretudo, por esse teu jeito único que não herdei, essa discrição, timidez e humilidade inabalável.
Hoje não tenho cinzeiros de barro, nem sequer postais com colagens...
Um dia de intensas correrias... Empresa - Casa do Mano - TMM (Final Fantasy) - Home, finally! O dia passou a correr, nada de diferente a acresecentar, a não ser o ainverário do meu irmão e o esperado concerto-homem-do-da-playstation.
Quando finalmente estiquei as pernas naquele teatro, aquela voz e violino apoderaram-se das minhas reconditas lembranças, da minha nostalgia, dos pensamentos que tento afastar. Fazia exactamente um ano, que tinhas ido embora. Apanhaste um táxi e eu fui para o meu carro, onde desabei... Apanhaste um táxi e não me levaste contigo. Eu entrei no meu carro e carreguei tudo comigo.
Tenho pena que nunca tenhas valorizado aquilo que sentia por ti... Não era uma fixação, 'um estar para aí virada', não era uma onda do momento... Eram muitas coisas ao mesmo tempo, que até hoje ainda não estão muito bem digeridas. Nunca tive muita oportunidade para dizê-lo, sei em mim, que não haverão outras...
Mas ainda continuas muito presente. Espero que estejas bem. Eu sei que estás. Eu entrei no meu carro e... ainda não esvaziei tudo...
Na passada terça-feira, deixei a resistência para trás e aderi ao Facebook.
Ainda estou na fase da descoberta, mas não deixarei de passar por aqui...
Aqui é mais acolhedor, é mais 'casa'...
A minha ausência deve-se apenas a um curso de 'Locução e Voz' (fabuloso, por sinal) que estou a frequentar, desde o início do ano. Está quase a terminar, mas já estou a ficar com uma certa nostalgia!
Ideias que surgem como flashs na minha cabeça: 1. Colocar o portátil no chão e saltar em cima dele. 2. Agarrar num martelo e partir a secretária. 3. Atirar o telefone da empresa contra a parede. 4. Partir o nariz 'a uma certa pessoa que eu cá sei!'
Se tiverem outras sugestões interessantes, dentro desta linha, por favor não hesitem.
p.s. Esmurrar as trombas de uma pessoa, é sempre relaxante, é a valeriana dos deuses!!!!
Fiz 35 anos, porque sou uma miuda 'favulooóóooosa' (como só tu, apenas tu, sabes dizer), porque tenho uma paciência do catano, porque quero fazer exclusivamente o que me dá na gana sem justificações (já chega o meu papel de actriz na empresa), porque quero renascer das cinzas que nem uma Fénix alternative-urban-chic, porque quero agarrar o mundo, porque não quero que as coisas me passem mais ao lado, porque quero perseguir os meus sonhos...
Por tudo isto e por tudo aquilo que possa vir... Champagne para todos, por favor!
Estou viva e pago esta rodada!
Champagne para ti, parabéns atrasados. A classe é raínha e senhora. Champagne para todos, por favor!
Amanhã, depois de um pequeno almoço tardio à beira rio, será tempo de passar pela Gulbenkian para aproveitar os últimos dias da exposição Art Déco, 1925
Le Corbusier (Charles-Edouard Jeanneret) (1887-1965) Natureza-Morta do Pavilhão de l’Esprit Nouveau, 1924 Óleo sobre tela 81 x 100 cm Paris, Fondation Le Corbusier [FLC 141]